as pedras gritam a sua existência irredutível. as plantas erguem-se, esquecem-se das suas instruções seculares e esticam-se o mais que podem, em absoluta afirmação. até as pequenas palhas, que não servem para mais que serem levadas pelo vento, as sementes de plumas brancas, que são bruxas e fadas, e nada; até, dizia, os pequenos elementos do bosque, que não cumprem função elevante, facilmente seriam esquecidos e relevados, até eles se perturbam, até eles se destacam. um canto imenso afundado em vibrações passageiras. um bosque submerso numa afinação desmedida, uma sinfonia em síncope de desespero, em exaltação de pertença.
se uma árvore cair, agora, num bosque em que nenhum animal vive, em meio ao festim (cada coisa há. o festim mais não é que o compósito destas existências, justamente notadas), se uma árvore cair, dizia, fará ruído?