como é que eu nunca pensei nisto?
tenho andado entusiasmado com a possibilidade de fazer o curso de guionismo da NextART. mas, uma vez que o meu pai não partilha do meu entusiasmo, vou ter de deixá-lo para o próximo ano lectivo, altura em que, com o dinheiro que, espero, ganharei a trabalhar no verão (pela primeira vez) possa pagá-lo eu próprio. entretanto, fui almoçar à FCSH, com a vanessa, e, numa feira do livro usado, encontrei "da criação ao guião - a arte de escrever para cinema e televisão" de doc comparato, que adquiri por uns modestos 5 euros e que comecei a ler, ontem à noite, avidamente. nele descobri que a arte da escrita também tem alguma ciência e que se pode fragmentar um projecto de escrita em etapas progressivamente mais abrangentes. a minha parca inteligência não me tinha deixado, ainda, antever o potencial de isolar uma ideia, decompô-la e, com calma, ir aumentando o foco que se lhe põe, aumentando a complexidade, passando de uma simples story-line que permite delinear um curso de acção a uma sinopse, mais complexa e onde as personagens se instalarão, depois a uma estrutura, que envolve a decomposição em cenas para se passar, finalmente, ao guião pronto-a-rever, onde o tempo dramático já está incluído. isto a quem costuma escrever o que lhe vem à cabeça, sem ordem nem projecto (às vezes, até, sem finalidade) é uma descoberta revolucionária. digna de um eureka!
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