a mão e o peão.

Tuesday, December 12, 2006

em jeito de balanço

a festa de passagem de ano/casi-orgia, em que ninguém se lembrou de contar os segundos finais, no apartamento de pé-direito altíssimo do thieme. viver janeiro (estudar janeiro) a pensar em fevereiro. os mil passeios ao parc güell e a noite das gajas, com aquele casaco branco e felpudo, tipo urso de peluche (perdoem-me, mas não escrevo pelúcia...). quase desfalecer a subir as infernais escadas da sagrada família. o bacalhau à brás da ana, e o italiano estilo george clooney que conheceu no razz matazz. o bar da residência espanhola, fevereiro a decorrer... a sardenha! a noite mais fria e mais desconfortável das nossas vidas, acampados na praia. os pescadores sardos, a fogueira, a aguardente. o ricardo a falar, ininterruptamente. os encontros com a polícia e as mentiras aos seguranças do aeroporto de cagliari, que nos acenaram, simpáticos, um adeus e boa viagem. a rocha rubra, no meio do mar e o bungalow. o desfiladeiro, os perdidos na montanha, o pé na água. o assalto infrutífero às grutas de neptuno. voltar com a garganta apertada. amar a viagem. a eva-maria a ir-se embora, o thieme a ir-se embora, o antoine a ir-se embora, as gurias a irem-se embora. lágrimas e sangria. paris! montmartre que não é nada amélie. nôtre-dame, no meio do rio, bela e sólida. o frio. a neve fininha e o frio. um cocktail fantástico na la concorde, a 2 euros. o meu dia de anos. o peddy-paper, as pistas, os parabéns em 10 línguas diferentes, a nossa teia. a guigui a ir-se embora - acabou. o carnaval de sitges, a última loucura, as perucas, a liberdade total. as lágrimas da leonor e as minhas - já não sabia distingui-las. vir.
achar piada aos eléctricos e à calçada portuguesa, como se fosse um emigrante retornado. os amigos de sempre. alguém no porto. eu no porto com alguém. alguém em lisboa comigo. alguém no porto e eu em lisboa. the end. the flower power party, o regresso em grande. anita e eu, apartados, até 'o tempo que resta'. adorar psicologia sistémica - que núcleo escolho? que núcleo escolho? escolho sistémica. a visita da elsa, encantada com o chapitô, encantada com o portinho da arrábida, encantada com a baixa que brilha mimosa, o sol a atirar-se suavemente, olhos indiscretos na santa justa. o mundial. carros que apitam, pessoas que gritam, bandeiras ao vento. os anos da tripeira, a cachupa no cachupa, rosas e vinho. a vanda, a do sinalzinho, teimosa e encantadora. my angel in love. o legendary tiger man na fnac do chiado. um gajo catalão no lux a dizer que o meu catalão ainda está muito bom. acabou por ir com outro (que era, só, o namorado). a noite mais louca, vozes afinadas no palpita-me, álcool, her coming out story. de puta madre. um engate aqui e ali. o joel, ao computador, a tornar-se um amigo. a entrevista à zé e ao antónio. 42 horas seguidas a trabalhar, sem dormir. para um 17 e meio. convite do alex. dinamarca! o líder. chegar e não entender nada, não saber nada, o pânico. as piadas do ruben, do miguel, da guigui e da ana. a ursha, as eslo-vacas, o chaladão do goran, a sereiazinha. mergulhar no báltico. cantar o 'fly away'. vai ursha, são os teus anos, vamos cantar o rap dos matarruanos. atravessar a ponte e ir à suécia. voltar, os bilhetes do alex no avião pré-escala, a correria até ao avião pós-escala, munique em reboliço. os amigos suíços da pita. as berlengas, nadar nas berlengas. começar a estudar para os exames de setembro. começar a perceber que não se consegue estudar para os exames de setembro. a ju e eu, nas belas artes, a beber água e a rir dos antidemenciais, dos tricíclicos e dos barbitúricos e a perguntarmo-nos como raio pudemos escolher aquela cadeira. a minha aplicação para a islândia, rejeitada. o exame de sistémica, percorrer as perguntas e pensar: não sei responder a uma única. tive 16. começar o novo ano. confusão nas matrículas, como sempre. o olá a bolonha. um baptizado e uma despedida, vanessa em liverpool. concerto da peaches, a loucura com a anita e a diana. suckin' on my titties like you wanted me. ir a coimbra: em lisboa não têm sotaque o caralho! rir e beber cerveja. acordar grog. grog na sé. grog no jardim botânico, grog na quinta das lágrimas. o coração a querer-se-me desprender. acabou por regressar. o aniversário do lux: a noite do ano. ju de lola e eu de javier. os passos de dança, empoleirados na jaula, encontrar a sílvia, vomitar, dormir no carro, à porta. magistral. a joicy, promessa de esperança que se esfumou em três tempos. o trabalho sobre o minuchin, o dia inteiro no técnico. hungria! perdidos na ferrovia, um comboio, dois comboios, três comboios. frau ana kanichen, reatar a amizade de infância, os banhos nos tanques e rirmo-nos estupidamente. não aguentar o tere-boy. carleto cazzeto e straciatella, o jogo da garrafa, dos chochos e linguados, multiculturalmente beijando. o traning course que me ensinou tanta coisa, que me ensinou o que eu quero ser, in a way. budapeste, só com a anita. as escadas da st. stephen's cathedral, o chapéu cor-de-rosa e o arco-íris. voltar, mais trabalho. disputa parental e cineterapia. a casa da ana do cabelo vermelho, os autocolantes da emily the strange e as gatas, enroscadas em mim. o frida, o brokeback mountain e o sixth sense. chorar em todos. barthes&mandrake. o nervosismo que se traduzia em pernas bambas e lábios trémulos. mandrake e a encarregada, tiago e a joana... as palmas, a capa presa na cadeira, a branca do gonçalo. o joel a dançar no frágil, depois de vir, de propósito, de coimbra para ver a peça. o luis, o venezuelano, a dançar no frágil, todo grog com o amigo catalão. a beleza de lisboa através dos seus olhos e a simpatia dos portugueses. saudades das noites no nubaa, deitados a beber um mojito ou uma morangoska. tiago, tío!
2006 revisited.

3 Comments:

Anonymous Anonymous said...

apesar de me custar um bocadinho ver que não estive presente em tantas coisas importantes que aconteceram na tua vida durante este ano, é ao menos reconfortante conseguir identificar as coisas de que falas, saber que as partilhaste comigo.

quando é que voltamos a viver juntos?:)

December 13, 2006  
Blogger Miguel said...

Agora descansavas, ok?
Ano intenso, companheiro!

December 15, 2006  
Anonymous Anonymous said...

Sabes o que é bom pensar? Que daqui a um ano vamos ter tantas coisas fantásticas para contar outra vez! É estranho, pelo menos para mim, mas muito bom ter a certeza que daqui a 365 dias tanta coisa irá ter acontecido, coisas que nem imagino agora que possam vir um dia a fazer parte da minha vida. Sim, ter a certeza! Porque, a menos que morra, é impossível não viver. E, ainda que com menos viagens menos aventuras, qualquer coisa será muito boa!! =)

Cá vamos nós! Venha o próximo ano!

E quero ter-te de novo ao meu lado!
E a ti também, Nô! =)

December 16, 2006  

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